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A responsabilidade de fazer 70 anos.

Descrição da foto para acessibilidade de deficientes visuais: Card com três fotos minhas com um bolo de aniversário e uma vela vermelha, blusa de cor branca. Predomina fundo branco, nome do post do blog e efeitos na cor dourada.


Descrição do vídeo para acessibilidade de pessoas com deficiência visual:
Apareço sentada, vista da cintura para cima, vestindo roupa escura e acessórios dourados. Ao fundo, uma parede com quadros de fotografias. O vídeo intercala com cenas onde estou praticando pilates e trechos do clipe ‘Chazinho na Cama’. Por fim, apareço posando para fotos, segurando um bolo com vela e comemorando meu aniversário de 70 anos

Entendam: não é por completar 70 anos que as pessoas se tornam automaticamente felizes ou infelizes, saudáveis ou doentes, equilibradas ou desequilibradas emocionalmente. O bem-estar com a própria vida independe de idade. Viver bem e aproveitar essa fase é a melhor escolha que você pode fazer por si mesma. No entanto, é um processo que precisa começar muito antes dessa data de aniversário.

Muitos acreditam, erroneamente, que os 70 anos são um marco divisório, a partir do qual todos os problemas começam. Mas a verdade é que as dificuldades surgem aos poucos, ao longo da vida: iniciam-se por volta dos 40, desenvolvem-se aos 50, tornam-se evidentes aos 60 e se acentuam a partir dos 70. Quando jovens, fazíamos tudo de forma quase impensada. Agora, precisamos ser mais inteligentes e considerar nossa condição para nos mantermos saudáveis, ativos e, principalmente, felizes.

Rir à toa com filhos, amigos, netos é o melhor remédio. Que as rugas venham de tanto rir, e não de contrair o rosto com preocupações. Tudo isso sem esquecer o desenvolvimento intelectual: aprender um idioma, visitar uma galeria de arte, fazer novas amizades, aguçar a curiosidade, conhecer novos assuntos. Nunca tema tentar algo novo. A prioridade agora não deve ser a vaga de estacionamento ou a fila de atendimento, mas sim cuidar do corpo e da mente. O envelhecimento saudável está diretamente relacionado à forma como encaramos a vida. Ter planos e projetos é fundamental. Sempre há algo que podemos fazer ou realizar.

A solução é: encare a vida com seus altos e baixos, com dor e amor, alegria e tristeza, disposição e a preguiça ocasional que todos sentimos, com a rotina do dia a dia, sol ou chuva, e, acima de tudo, sonhe. Particularmente, penso que sonhar com algo inatingível traz apenas frustração. Prefiro buscar metas mais acessíveis. Essa é a minha receita. Tenho certeza, porém, de que cada um pode encontrar sua própria fórmula.

Portanto, não se deixe enfraquecer. Crie expectativas para o futuro e permita-se sonhar, ter fantasias e ilusões. Chegou o momento de dizer que não temos pressa — afinal, temos a vida inteira pela frente. Sem entusiasmo, não há felicidade em nenhuma fase da vida. Após os 70, isso se torna ainda mais desafiador, mas também mais essencial.

Pessoalmente, sinto que a incapacidade de realizar tarefas é o que mais desanima. Por isso, é necessário continuar ativa, capaz e realizadora. A atividade física é uma das mais recomendadas, mas também uma das mais rejeitadas, inclusive pelos jovens. Outro dia, enquanto fazia musculação na academia — achando tudo tedioso — pensei: este é o mínimo necessário para manter minha capacidade nos próximos anos, para deitar, sentar e levantar, entrar e sair de um carro. Eu, sinceramente, faço isso para me divertir, viajar, dirigir meu carro e prolongar minha vida ativa o máximo possível.

Olhe ao seu redor, observe os idosos da sua família, perceba suas dificuldades e avalie as possibilidades que você tem. Eu tenho 70 anos, dois filhos homens, um trabalho formal e, há alguns anos, comecei a escrever este blog. Aos 60, entrei na faculdade, e aos 65 me formei em Jornalismo. Ao longo da minha vida, tive amores e desamores, risos e lágrimas, coragem e medos. Nada muito diferente de uma pessoa comum. Essas experiências me qualificam como alguém emocionalmente equilibrada e capaz de administrar sua própria vida. Até quando? Não sei. Mas sei que tenho a responsabilidade de permanecer independente o maior tempo possível.

Este é um depoimento pessoal em que relato como lido com a minha vida. Fazer 70 anos significa encarar a realidade para o seu próprio bem. Acima de tudo, é preciso aceitar essa idade. Devemos ter consciência de que estamos no caminho para uma etapa repleta de desafios e limitações. Qualquer pessoa que tenha essa idade ou conviva com um idoso conhece essa realidade.

Os anos passam de qualquer forma. Encontrar maneiras de vivê-los bem é uma responsabilidade de cada um. Só nos resta nos divertir e sermos divertidas, porque as dores se instalam no corpo, quer queiramos ou não. Ainda assim, não precisamos nos tornar aquela pessoa amarga e queixosa que nos afastam das pessoas.

“Sê feliz!” Essa expressão, que minha mãe sempre dizia, eu levo ao pé da letra como única opção. Embora a maior preocupação das pessoas seja como ser feliz quando as doenças aparecem, não tenho resposta para mim nem para ninguém. É o enfrentamento da vida que ensina. Cada um tem sua própria história.


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