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AMETISTA DO SUL (RS) – Uma cidade sobre pedras preciosas – parte II

Legenda da foto #PraCegoVer – Card de fundo bege. Montagem com três fotos. Da esquerda para a direita: uma pedra de ametista dentro da mina. Eu no Jeep que trafega dentro da mina e eu com jaqueta branca escrito o nome do blog nas costas de frente para a maior pedra de ametista exposta no Parque Ametista.

Há três Ametistas do Sul para se conhecer. Duas subterrâneas e outra a céu aberto. Das subterrâneas apenas uma pode ser vista. Aquela que está desativada pronta para causar impacto ao visitante. A outra, poucos tem acesso. Isso é um privilégio dos garimpeiros. Um privilégio com alto custo de trabalho, suor, dor, poeira, cansaço, risco de vida, sem a recompensa que o lucro extraído delas pode lhes dar.

Formalmente, as primeiras pedras encontradas por agricultores, datam de 1920, quando aravam a terra para a agricultura. Naquela época eles faziam buracos no chão a qual chamavam de cavas. Em toda a região há cerca de 200 garimpos de onde são retirados 400 a 500 toneladas de ametista por mês, informação dada pelo guia Rafael Celestino – Instagram @rafael_celestino.

Muito tempo depois deste remoto início, o jornalista José Carlos Bortoloti, por conta do trabalho, visitou a região e ainda hoje, estarrecido, relata a realidade que encontrou nos anos 80. “Nas primeiras minas abertas, o homem entrava num buraco feito um tatu rastejando sem oxigênio até se tornar o que hoje vemos”. 

Em “Ametista é feita a extração”, continua ele,  “e em Soledade, distante dali 180 km pela BR 386, é a comercialização para o mundo“, diz o jornalista que conhece a região há mais de 30 anos. Na época, relata: “para entrar na mina usávamos macacão e botas de borracha, capacetes com dupla proteção”. Lá embaixo os fios elétricos eram levados em extensão com lâmpadas acopladas para iluminar a passagem, explica. “Com o chão repleto de fios elétricos dentro da água, entendi o porquê das roupas de borracha”, e continua: “Os homens que trabalham lá pareciam lodo puro. Mistura da água com a terra e o pó da extração da gruta”. 

O @ProfeBorto, identificação das Redes Sociais, descreve as cenas da época: “Quando um geodo, aquela imensa pedra grande e fechada, era localizada, ela era puxada por animais até a superfície, lavada e transportada por trator até o caminhão para, então, chegar a Soledade”. O que fica na cidade de Ametista do Sul, serve para encantar e receber o aplauso do público que busca carinho para os seus olhos, mas a riqueza é levada para o exterior. Praticamente 95% das pedras preciosas de Ametista do Sul são exportada para os Estados Unidos e China. Informação gravada nas paredes do restaurante Garimpo.

Continuamos não vendo esta dura realidade, até por conta da segurança do visitante, porém um passeio monitorado pelas minas desativadas faz o turista vivenciar o caminho desbravado pelos garimpeiros. Durante o trajeto monitorado pelo guia, em uma explicação didática, é possível visualizar os geodos ainda no basalto e o material utilizado para perfurar a rocha. Rafael diz: “Estamos há 400 m acima do nível do mar e é só neste nível que encontramos a ametista”. Apontando para uma das paredes de rocha, ele fala: “isto é o ‘veio’, como o garimpeiro nomina os casulos verdes onde estão os geodos”

Descrição da foto para acessibilidade do deficiente visual: Card de fundo bege com três fotos. Da esquerda para a direita: Vinícola Ametista e Restaurante Garimpo, em mina subterrânea.Todos dentro do Parque Amestista

Galeria Capra 

Outro espetáculo dessa terra sobre pedras pode ser visto na Galeria Capra. Esta é uma viagem à parte para quem visita Ametista do Sul. Uma imersão no mundo roxo da natureza, na elegância da criação e viagem no tempo. Alta tecnologia entre sons, aromas, cores, texturas enquanto aprende sobre as peças.

O local dispõe de um acervo particular de pedras preciosas feitas por Danilo Capra que não estão disponibilizadas para comercialização. Para as compras há uma loja com peças da linha home decor, souvenirs e joias. Produtos de desing, acessórios finos e de bom gosto.

No Pedra Café, anexo a Galeria, você encontra um ambiente temático, climatizado com delicioso buffet, salgados e doces. Conforto no atendimento para todas as idades.

Ainda para o turista ver há o espaço do Parque Ametista do Sul com um amplo complexo de atrações para o visitante. Vinícola, cervejaria e lojas de queijos e chocolates, em mina desativa. Destaque para o Restaurante Garimpo com excelente buffet e atendimento impecável.

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