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Café Leopoldo: o primeiro café especial de Santa Catarina

Descrição da imagem para acessibilidade de deficientes visuais: Card com quatro fotos. Em cima da esquerda para a direita mesa e a preparação do café, à direita o logo printado na camiseta preta da família com um ramos de folhas e o fruto do café vermelho. Embaixo eu apareço usando a camiseta com o nome do blog em frente a casa de madeira escrito Café Leopoldo e do lado direito o Senhor Nelson torrando o café.


“Descubra o Café Leopoldo. Uma jornada pelos sabores centenários.” Assim eles se identificam na embalagem daquele que é o primeiro café especial de Santa Catarina, na cidade de Rodeio. Altitude 246 m nas Montanhas do Vale do Itajaí. A subida íngreme se dá por uma estrada de chão e nos leva ao encontro de uma grande e bela surpresa.

A recepção acontece em uma construção de madeira com paredes decoradas por fotos e objetos que narram a história da família. Thaís Tambosi conduz a apresentação e explica os procedimentos necessários para que o café seja considerado especial. Segundo ela, “um dos fatores a serem respeitados começa pela colheita. O trabalho é delicado, realizado manualmente, grão a grão, e apenas os maduros são selecionados”.

O passeio a pé pelos caminhos que conduzem ao interior da propriedade, entre bananais e cafezais, proporciona uma verdadeira imersão no mundo do Café Leopoldo. Embora a época da colheita já tenha passado, ainda é possível encontrar grãos maduros nos pés e experimentar o sabor desse fruto in natura. A safra geralmente começa em abril ou maio e se estende até outubro ou novembro.

Durante a visita, Gabriel Tambosi conta como são produzidas as mudas para novos pés de café e apresenta o grão, um fruto avermelhado e doce. Ele explica que a propriedade cultiva as variedades caturra, catuaí e arara, todas da espécie arábica. Atualmente, para alcançar a perfeição exigida no café especial, os grãos passam por um rigoroso processo: um deles é a torrefação. Para isso, são enviados para Joinville, onde ocorre a torrefação na empresa Terra Natal. Posteriormente, o produto retorna à fazenda para serem embalados.

No alto da propriedade em meio ao cafezal, encontramos o senhor Nelson Tambosi realizando a torrefação de café em um tambor de latão, seguindo a técnica utilizada há 70 anos por seu pai, Leopoldo Tambosi. Com orgulho, ele relembra: “Naquela época, o pai fazia comércio na base da troca. Trocava-se arroz por café e outros produtos da região”. Essa atividade proporciona uma verdadeira viagem no tempo, repleta de memórias familiares. Os visitantes têm, inclusive, a oportunidade de participar da experiência única de torrar o café.

Além disso, Nelson conduz os visitantes até o local de secagem dos grãos, realizada em uma bancada suspensa feita de tela. Ali, os grãos são separados por data de colheita e passam por um processo manual de despolpamento — a remoção da casca e, posteriormente, da película ou pergaminho, uma outra camada muito fina. Esse trabalho é feito com o auxílio de uma máquina específica, e o proprietário explica cada detalhe com cuidado.

Na sequência, Gabriel demonstra como preparar o café especial. Ele recomenda a medida de 40 gramas de café para 600 ml de água e explica: “A primeira infusão de água deve ser suficiente apenas para cobrir o pó, permitindo que os aromas sejam liberados”. Todo o processo é realizado com precisão, utilizando balança e timer. Em seguida, acontece o “ataque”, como Gabriel chama, que é o momento de adicionar o restante da água sobre o café.

Outra forma de preparar o café apresentada é pela prensa francesa. Nesse método, utiliza-se a mesma proporção de pó e água. Após cerca de quatro minutos de infusão, a prensa é pressionada, separando o pó do líquido, que então pode ser servido. Gabriel acrescenta: “esse café apresenta um sabor mais licoroso e encorpado”.

Entre os cafezais, os visitantes são surpreendidos por uma vasta mesa repleta de pães, cucas, queijos e doce de banana, todos preparados pelas mãos da matriarca Isolde Tambosi. Para finalizar a experiência, é oferecida a todos a oportunidade de plantar sua própria muda de café, com direito a registrar seu nome e data em uma placa.

Tudo acontece de forma simples, mas encantadora, demonstrando a hospitalidade da família e revelando um trabalho que, embora esteja apenas começando, já mostra grande potencial e prosperidade.


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