E lá está ele, o gigante Aconcágua, ao fundo e ao centro.
O destino dos mais aficionados praticantes de esportes de aventura e montanhismo pode ser também um passeio apenas para apreciar as belas paisagens. No entanto, ele merece, sim, um destaque especial, uma parada e, mesmo com a temperatura de -5ºC, uma foto para o SuperLinda.
O Cerro Aconcágua está localizado na província de Mendoza, no departamento de Las Heras, na Argentina. O “Senhor das Américas”, como é chamado, possui 6.962 metros de altitude, sendo a maior montanha do Hemisfério Sul e parte do circuito dos sete cumes mais altos de cada continente.
Escalar a “sentinela branca”, como é conhecido o Aconcágua, exige preparo físico de atleta de elite. Embora existam muitas possibilidades de exploração de rotas e desafios, é apenas com muita habilidade que se pode aventurar.
Devido à altitude, ao clima, à neve e ao vento, as expedições ao parque só são permitidas no período de verão, exigindo seguro de vida e de resgate. Na visita à cidade de Mendoza, é no programa Tour Alta Montanha que você pode desfrutar dessa e de outras belezas naturais ao longo de 200 quilômetros.
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Descrição da foto para acessibilidade de deficientes visuais: foto da Ruta 7, ônibus e carros sobre o asfalto, acostamento e morros cobertos de neve.
A Ruta 7 liga a cidade de Mendoza, na Argentina, a Santiago do Chile, distantes entre si 363 km. Por essa estrada, é possível fazer um passeio com cenários diversificados e deslumbrantes. A princípio, tem-se a nítida sensação de ver a Cordilheira dos Andes em todos os lados para onde se olha, como se estivéssemos em uma ilha. Ela nos acompanha durante todo o trajeto.
A maior cadeia de montanhas da América do Sul nos leva, em menos de 2 horas, a uma altitude de 2.400 metros. O percurso é feito lentamente, com paradas e instruções sobre hidratação e alimentação para adaptação à altitude.
Pelo caminho, em uma estrada de paredes de pedra, ora rude e agreste como o clima, ora branca e coberta de neve, a primeira atração é o reservatório de Potrerillos. Esse dique, com 1.500 hectares de superfície, regula o fluxo do Rio Mendoza e movimenta a usina hidrelétrica que produz 60% da energia consumida pela província.
As construções atribuídas aos padres jesuítas datam do século XVIII; possuem três cúpulas e foram construídas com lama, cobertas com cal e com fundações de pedra. Uspallata, a 95 km da cidade de Mendoza, localizada no meio da cordilheira, é um centro de atração turística devido às abóbadas e cabanas declaradas Monumentos Nacionais. Nesta região, existem muitos vestígios arqueológicos de 1.000 a 1.500 anos, datando dos tempos incaicos e coloniais.
O Tour Alta Montanha é um passeio de um dia por localidades como Picheuta, Polvaredas, Punta de Vacas e o resort Los Penitentes, que conta com uma pequena estação de esqui e serviço de teleférico.
A Puente del Inca.
O nome do lugar vem de uma lenda que conta que, muito antes da chegada dos espanhóis, um grande líder inca, após tentar todos os tipos de cura sem sucesso para salvar seu filho com paralisia, ouviu falar que, ao sul, havia um lugar com águas curativas. Ele então preparou um grupo com seus melhores guerreiros e foi até lá. Ao chegar, observou, com espanto, as famosas águas que brotavam da terra. No entanto, um rio caudaloso o impedia de alcançá-las. Seus guerreiros, sem hesitar, abraçaram-se, formando uma ponte humana. O Inca atravessou, com o filho nos braços, até alcançar as águas. Quando ele se virou para agradecer aos seus guerreiros, eles haviam sido petrificados, formando o que hoje conhecemos como a famosa “Puente del Inca”.
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Vista panorâmica da Puente del Inca e das ruínas do antigo hotel.
Existem construções ao lado e abaixo da ponte, com pequenas piscinas onde flui a água termal, que nasce de fontes naturais a uma temperatura que varia entre 34 e 38 graus. Os banhos são recomendados para afecções nervosas, reumáticas e ginecológicas, além de serem terapêuticos para crianças anêmicas, raquíticas e artríticas.
O rio que passa sob a Puente del Inca é o Las Cuevas. Os sedimentos termominerais de cor ferruginosa conferem um tom amarelado quase irreal à paisagem.
Fotos do arquivo pessoal de Raquel Ramos dos Anjos